Segunda Carta - Marcas e vestígios: os primeiros dias de aula


Carta 2 - A imagem desta Carta foi inspirada na obra de Salvador Dalí intitulada O olho do tempo, 1949. Relógio com esfera esmaltada, diamantes em moldura de platina e um rubi. Representa a perspectiva pela qual cada personagem olha e percebe os vestígios deixados pelo tempo, as marcas de momentos vividos em grande intensidade, como o são as lembranças dos primeiros momentos em que um professor vive uma sala de aula.

“Aí o primeiro dia de aula assim, nunca vou esquecer”. (Ademar, 50, Prof. de Automação Industrial, Relato de Vida, linha 146)

Os primeiros momentos da docência, as primeiras marcas e lembranças, o efetivo ingresso como professor são sempre lembrados e revividos nos relatos, com detalhes da sala de aula, dos primeiros alunos, das primeiras perguntas. São (res)sentidos os cheiros, os medos, os pavores, os (dis)sabores, dificuldades ou pequenas vitórias e afirmações, manifestados e testemunhados enquanto rituais de passagem, como evento celebrativo, um batizado e, principalmente, como fator organizador que fornece as bases e os fundamentos do ser e do estar na docência hoje.

(1) O pavor da véspera das primeiras aulas

(2) "Todo dia é o primeiro dia"

(3) Outros nervosismos, mais pavores e alguns alívios

(4) Os rituais celebrativos das primeiras aulas